Em nossa pesquisa e estudo sobre Economia da Oralidade, constatamos que, infelizmente, a grande maioria das pessoas não se prepara para se comunicar e o resultado dá nisso que estamos facilmente verificando, uma crescente “descomunicação” jamais vivenciada na humanidade, apesar do inimaginável progresso da tecnologia digital.
Estamos avançando, é verdade, nas mais diversas possibilidades de relacionamentos virtuais, mas estamos deixando de usufruir do valor do diálogo, da conversa, do poder da palavra falada e ouvida, na nossa essência humana.
Com isso estamos abrindo mão de uma das mais fundamentais características da nossa humanidade que é a habilidade, a arte de ouvir.
Raras são as pessoas que se dispõe ouvir exatamente o que a outra está transmitindo
Um dos maiores desafios de comunicação é como o receptor ouve o que o emissor falou, já que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento.
Diante deste diagnóstico podemos identificar que o receptor não ouve o que o outro fala por diversas razões e por isso, vamos enumerar na sequencia, normalmente ele ouve:
a) o que o outro não está dizendo,
b) o que quer ouvir,
c) o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir,
d) o que imagina que o outro ia falar, quase que só o que estão pensando para dizer em seguida,
e) o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse,
f) o que está sentindo,
g) o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando, ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a sensibilizem,
h) o que confirme ou discorde o seu próprio pensamento,
i) o que possa se adaptar ao sentimente de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra pessoa,
j) ela ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as ideias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
l) se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por ficarem apavoradas, mesmo que inconscientemente, de se confundirem a si mesmas.
m) há pessoas que escolhem não ouvir o que o outro está dizendo, porque assim livram-se de corrigirem os seus pontos de vista, da aceitação de uma realidade diversa da sua, de verdades que não conseguem contestar,
n) outros se recusam ouvir o outro, mesmo percebendo, intuindo que o que está sendo dito faz todo o sentido, para não se sentirem ignorantes do conhecimento transmitido, ou diminuídas diante do seu interlocutor.
Esses pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar!
O que ocorre normalmente são monólogos simultâneos como se estivesse conversando, ou são monólogos paralelos, como que estivesse dialogando.
O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação.
A comunicação ocorre somente e tão somente quando dois indivíduos verdadeiramente ouvem-se, buscarem compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está exatamente dizendo.
Como afirma a professora, psicóloga e psicanalista Viviane Mose:
“Que a palavra em si mesma não é nada, o que vale é o acordo que estabelecemos para nos comunicar”.
Para ouvir é indispensável eliminar da mente todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala do interlocutor.
Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Sabedoria, sim, é a característica própria e reveladora de um bom ouvinte.
Desafia de abrir-se para seu mundo interior; de um impulso na direção do próximo, do interlocutor, de uma comunhão com ele, de aceitá-lo, como é e como pensa.
Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas em tudo aquilo que os outros estão falando.
Um novo mundo de possibilidades se descortina com a aquisição da arte de ouvir.
É o caminho seguro do poder que a palavra falada tem na vida da gente.
Ouvir é raridade. Ouvir é ato autentico de sabedoria.
Para agendar: VOICE DESIGN / Economia da Oralidade /Design da Oralidade
+55 (41) 99111-5151 jorgecuryneto@voicedesign.org
Ouvir é uma habilidade rara, raríssima
Em nossa pesquisa e estudo sobre Economia da Oralidade, constatamos que, infelizmente, a grande maioria das pessoas não se prepara para se comunicar e o resultado dá nisso que estamos facilmente verificando, uma crescente “descomunicação” jamais vivenciada na humanidade, apesar do inimaginável progresso da tecnologia digital.
Estamos avançando, é verdade, nas mais diversas possibilidades de relacionamentos virtuais, mas estamos deixando de usufruir do valor do diálogo, da conversa, do poder da palavra falada e ouvida, na nossa essência humana.
Com isso estamos abrindo mão de uma das mais fundamentais características da nossa humanidade que é a habilidade, a arte de ouvir.
Raras são as pessoas que se dispõe ouvir exatamente o que a outra está transmitindo
Um dos maiores desafios de comunicação é como o receptor ouve o que o emissor falou, já que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento.
Diante deste diagnóstico podemos identificar que o receptor não ouve o que o outro fala por diversas razões e por isso, vamos enumerar na sequencia, normalmente ele ouve:
a) o que o outro não está dizendo,
b) o que quer ouvir,
c) o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir,
d) o que imagina que o outro ia falar, quase que só o que estão pensando para dizer em seguida,
e) o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse,
f) o que está sentindo,
g) o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando, ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a sensibilizem,
h) o que confirme ou discorde o seu próprio pensamento,
i) o que possa se adaptar ao sentimente de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra pessoa,
j) ela ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as ideias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
l) se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por ficarem apavoradas, mesmo que inconscientemente, de se confundirem a si mesmas.
m) há pessoas que escolhem não ouvir o que o outro está dizendo, porque assim livram-se de corrigirem os seus pontos de vista, da aceitação de uma realidade diversa da sua, de verdades que não conseguem contestar,
n) outros se recusam ouvir o outro, mesmo percebendo, intuindo que o que está sendo dito faz todo o sentido, para não se sentirem ignorantes do conhecimento transmitido, ou diminuídas diante do seu interlocutor.
Esses pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar!
O que ocorre normalmente são monólogos simultâneos como se estivesse conversando, ou são monólogos paralelos, como que estivesse dialogando.
O próprio diálogo pode haver sem que, necessariamente, haja comunicação. Pode haver até um conhecimento a dois sem que necessariamente haja comunicação.
A comunicação ocorre somente e tão somente quando dois indivíduos verdadeiramente ouvem-se, buscarem compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está exatamente dizendo.
Como afirma a professora, psicóloga e psicanalista Viviane Mose:
“Que a palavra em si mesma não é nada, o que vale é o acordo que estabelecemos para nos comunicar”.
Para ouvir é indispensável eliminar da mente todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala do interlocutor.
Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Sabedoria, sim, é a característica própria e reveladora de um bom ouvinte.
Desafia de abrir-se para seu mundo interior; de um impulso na direção do próximo, do interlocutor, de uma comunhão com ele, de aceitá-lo, como é e como pensa.
Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas em tudo aquilo que os outros estão falando.
Um novo mundo de possibilidades se descortina com a aquisição da arte de ouvir.
É o caminho seguro do poder que a palavra falada tem na vida da gente.
Ouvir é raridade. Ouvir é ato autentico de sabedoria.
Para agendar: VOICE DESIGN / Economia da Oralidade /Design da Oralidade
+55 (41) 99111-5151
jorgecuryneto@voicedesign.org